BEM VINDOS

Sejam benvindos. Estas são histórias de pessoas simples, mas que são verdadeiras. Com elas e com suas histórias de vidas, podemos encontrar a verdadeira felicidade dentro de nós mesmos.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Que Somos?

Aquilo que fazemos é importante para definir nossa condição de ser humano. É importante, também, para que as outras pessoas saibam quem somos e a que viemos mas o principal de nossas vidas é que façamos alguma coisa para mudarmos o que somos.
Ninguém vai fazer esta mudança por nós. Esta é uma tarefa que pertence a cada um de nós. Então faz-se necessário que saibamos qual adubo vamos usar para que esta mudança seja positiva e nos faça mais felizes e mais realizados.
Quando nos adubamos, nos motivamos recebemos sempre uma resposta positiva e sentimos como se o céu se abrisse e nos acolhesse em seu seio. Sentimos o fruto de um trabalho do que estamos realizando.
É claro que muitas vezes parece que tudo está errado, que nada do que fazemos está correto, mas se formos analisar vamos perceber que muita coisa positiva está acontecendo, então é agarrar o bom abandonar o ruim e seguir em frente. Como disse Jesus Cristo "Separe o joio do trigo".
Para todas as criaturas humanas, sem fronteiras, esta é uma das máximas: "Somos o que fazemos, mas somos principalmente aquilo que fazemos para mudar o que somos"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

HISTORIAS DE MARIA - SEM SAIDAS

Você já ficou sem saída? Maria contou-me que já ficou completamente sem saída. Andava como um autômato. Não vivia, existia. Não cuidava de sua aparência, nem da casa e nem dos negócios. O cansaço, a tristeza, o desamparo eram tão profundos que prostrou-a. Deixou-a exausta e em completa insegurança. Imaginem a mesma Maria que falei ser forte, contando-me isto. Fiquei de boca aberta. Ela me disse que ficava horas deitada em um sofá na sala de sua casa, de olhar vazio na direção do nada. Prostrada. Sua casa era uma bagunça só... E de repente olhou-me bem nos meus olhos e perguntou: - Você já contraiu dividas? Dívidas sérias... e... sem ter como saldá-las? Maria disse-me que apostou tudo, que tinha e o que não tinha, numa micro empresa. Amarrou noventa por cento de sua identidade naquele trabalho. Trabalhou feito burro de carga e perdeu tudo. Agora sentia-se como se estivesse morrendo. Além de toda esta carga sobre seus ombros ainda sentia-se culpada. De uma maneira ou de outra ela envolveu sua família nisto. Filhos, parentes próximos até dever dinheiro, para alguns deles, ela ficou devendo. Este terrível sentimento de culpa estava com ela o tempo todo. Três vezes havia tentado escapar destas amarras e todas havia falhado. "A última é sempre a pior," palavras dela. Agora ela estava congelada, desorientada, com uma sensação de ausência de peso. Falhou e teve de enfrentar tudo sozinha e enfrentou o quanto pode. Manteve-se em atividade, por uma espécie de auto-estima durante um ano ou mais. O que a levou a derrocada final. A sensação de queda e de fracasso a esmagava e a empurrava mais e mais para o fundo do poço. O medo era outro sentimento agravante. Medo de tudo. A terra havia aberto sob seus pés e a havia colocado lá no fundo da cratera sem poder mexer-se pois cada ceníimero que ocupasse a mais, poderia cair uma avalanche. Não queria ver ninguém... Foi num desses dias de sofá, dos mais terríveis, que sua amiga Selma a visitou. Maria ouviu o ronco do carro, não sabia de quem era e nem mexeu-se para saber, pensava: - Vão embora, não quero ver ninguém! Que abuso... mas Selma já estava dentro... - Ai que susto! Disse Maria, num fio de voz, fingindo não ter ouvido nada e continuou deitada. - Ué, boa tarde! Não gostou da visita? Nem foi abrir a porta pra gente! Como a porta estava encostada, sem trinco, entrei. Como vai? -Péssima. Respondeu Maria de mau humor. Desesperadamente péssima. Não tenho coragem nem de levantar-me. - Ué ... Ué ! Por que? - Pra ser bem direta ... fiquei na lona, endividada até o pescoço. O fundo do poço é o lugar que me encontro agora e não consigo mexer-me porque se o fizer cai algum barranco sobre mim. Respinga areia por todos os lados com pedregulho junto. - Ah, grande coisa, ficar devendo! E quem não deve? Aponta-me um só. Quem faz alguma coisa nos dias de hoje, fica devendo mesmo. Tu não és a primeira e nem a última. Fazes parte do todo que tenta se manter e trabalhar. Lembras que tu mesma disseste, uma vez, que nesta nossa terra, infelizmente é assim, trabalho produtivo só dá trabalho que agente paga caro pra trabalhar? Pois é uma verdade. Esta conversa inicial deixou Maria um pouco mais solta e mostrou-se mais alegre por ver a amiga que há tanto tempo não via falando, como sempre, de maneira tão franca e otimista e disse: - Credo, Selma, perdoa-me. Estou muito feliz em ver-te. Só tu mesma pra me trazer um pouco de ânimo e alegria. Te lembras das nossas conversas ano atrasado? Quando eu te falei que ia recomeçar e desta vez ia acertar. - Lembro, claro, quantos projetos! Nossa! - Pois é recomecei. Devia ter parado ali e ficado sem fazer nada, teria tido mais lucros, mas não, fui ajudar pessoas amigas e me dei mal e desta vez, mal mesmo. Não tenho mais o que fazer. Penso, penso, mas sei que não vou poder assumir mais compromisso nenhum. E as duas conversaram por um longo tempo, deixando Maria mais aliviada. O melhor desta visita está por vir aguardem... Estará em Ultima Pendenga, amanhã. LIÇÕES: 1- Assim são os verdadeiros amigos, pressentem nosso drama e enfrentam nossa porta fechada, nosso mau humor, nossa indelicadeza. Arriscam serem pisoteados com palavras duras e olhares sarcásticos e desagradáveis para nos consolar, atender, aconselhar e até ajudar de outra forma. 2- Nunca se sabe o que vai na alma do outro ser humano. O que ele enfrenta para não mostrar suas fragilidades. Ele pode aparentar uma coisa e estar sentindo outra bem diferente. 3- A pior batalha é aquela que se enfrenta consigo mesmo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CONTOS DE MARIA

Conheci Maria há muito tempo. Seu modo de viver é um tanto quanto peculiar. Pode-se dizer que ela é uma pessoa do bem... Bem,... está sempre mais preocupada com os outros do que consigo mesma. Ela tem a capacidade de renascer das cinzas, isto é de situações críticas. Sua natureza é de alguém firme, que prefere enfrentar a realidade, e se preciso for ir até o fundo do poço em defesa de seus interesses ou dos interesses da família. Sempre tivemos conversas interessantes. Ela gosta muito de histórias de vida, de contar e escutar. É amante de viagens e de história dos povos. Se não viaja no sentido literal da palavra, o faz lendo um bom livro sobre o assunto ou conversando com alguém que conhece. Desta forma Maria passa a conhecer cada detalhe daquele determinado povo ou daquele lugar que no momento lhe interessa. Maria tem outras qualidades que ao longo dos seu contos, vocês vão passar a conhecer melhor. Sim, porque, pretendo aqui , neste espaço, contar as histórias que Maria me conta. Do jeitinho que ela costuma contar, sem tirar nem por. E assim vamos adubar nossa imaginação e perceber que o mundo 100 fronteiras é real. Ele existe. Coisas boas e más que a vida nos proporciona, problemas a serem resolvidos e o modo como cada um os resolve tudo em conformidade com sua maneira de ser e ver as coisas.